É domingo, oito horas da manha e o despertador desesperadamente anuncia a hora do despertar. Os olhos abrem, pela insistência. A cabeça só se da conta que aquele dia não é mais um dia comum, após alguns instantes.
Domingo, dia 22 de julho de 2007, pra uns mais um dia qualquer, pra outros, é dia de sair da rotina, e entrar em outra vibe.
O relógio já marca meio dia, a boca exala o gosto do café, e um cigarro aceso no caminho, queima a brasa do dia que esta começando.
O local é arborizado, logo o cheiro de ar puro e fresco já nos enfeitiça com o clima do lugar, umas batidas vem ao ouvido bem ao fundo. Está na hora.
Logo ao entrar pelas catracas, o portal para o outro mundo instantâneo, um homem faz a revista com vista grossa, talvez pelo fato de não querer estragar a felicidade alheia.
As pessoas são diferentes daquelas do dia a dia, algumas são desprendidas de aparência, outras querem mostrar o porte físico, outras que querem se igualar ao “estereótipo do momento” entre aquelas que já não mais conseguem falar. Falar pra que? Depois da passagem, não tem perna que fica parada, nem cabeça sem movimento nem braços que se cruzam. O movimento é ritmado pela batida, as vezes até uniforme que ao tentar diferenciar uma da outra nos confunde. Mas o constante movimento nunca para.
Olhando ao meu redor, percebo que nem todos que desejava estavam presentes, mas os poucos que sobraram, ali são a nossa família, e o local pretendido é o nosso lar. Como se ali tivéssemos cravado uma bandeira.
Entre uma bebida e outra, uma água que refresca, adornos e aditivos pra passar o tempo são visto e consumidos a toda hora, como se fosse um combustível que abastece mais de 8 mil máquinas, trabalhando 12 horas por dia.
Já não se pensa mais em fome, nem cansaço, com o sol já deixando o local, as sombras frescas das árvores trazem no meio de toda essa loucura uma beleza lúcida, afável e no mesmo ritmo de sempre.
Os Djs, como se fossem os maestros que comandam o local, com descargas sonoras e visuais, entre um e outro são aplaudidos pelo público sem a pausa esperada.
Já é noite, as pernas já não funcionam tão aceleradas como de início, mas um maestro de origem diversa sobe no patamar mais alto do local, e faz o público todo correr para mais perto. Pra ser sincero, eu não sei a diferença entre esse e os outros, mas o volume era mais alto, as pessoas mais agitadas, um círculo enorme em chamas, malabares enfurecidos e luminosos pulam ao lado do dragão chinês que percorre o local. São artifícios visuais do outro mundo, que mesmo no final do meu ânimo, consiguiu despertar mais 1 hora e meia de...como se fala...FRITAÇÃO!
Pronto! Puta que pariu, que loucura inexplicável...
Ao deixar o lugar, me sinto como o mesmo de quando o relógio despertou, como se estivesse saído de outro universo, que só se perfazia em datas marcadas, e acessíveis apenas para poucos. Esse universo, pra mim é um Universo Paralelo, onde eu não convivo com ele, mas sim, estou só de passagem.
4 comentários:
Viagem astral total!
=]
Jucaaaaaa...
Adoreiii seu texto...nossa muito legal mesmo...
Eh eu tava lá...realmente até comentamos eh um universo paralelo...rs*
beijosssssssss
Ahhhh e esqueceu de dizer
SIM A MUSICA ERA A MESMA...hauhuahuauahauaa
caraleo juca, que texto veio!!!
relatou tuuuudo oq se passa no outro mundo mesmo..
muuuito bom!!!!
abraaaço veio.. se cuida ai.. e vem pra sanca rapaiz!
Velhoooo Melhor texto qui eu ja li na real..........
Passou um video na memoria agora ... emociona meu! relembrei tudu oq aconteceuuu ... cada historias auehaueuhe
:)
melhor coisa qui eu ja fiz na vida ;D
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