segunda-feira, 30 de julho de 2007

Poema para Vestibulandos

Eu, filho da crítica e do elogio tenho altos e baixos o tempo todo;

Eu, filho da dúvida e da certeza tenho medo e busco forças o tempo todo;

Eu, filho do lápis e da borracha traço e retraço minha vida o tempo todo;

Eu, filho do orgulho e da decepção sou feito de riso e choro o tempo todo;

Eu, filho da dor e do amor aprendo e desaprendo o tempo todo;

Eu, filho do sonho e da realidade acordo e sonho o tempo todo;

Eu, filho de antônimos sou paradoxal como meus pais o tempo todo;

Eu, filho de antíteses descubro que sou elas o tempo todo;

Eu, agora filho de um descobrimento, tenho uma certeza: Sou filho de mim mesmo;

Eu, filho de mim mesmo...

Bernardo Magalhães – 12/07/2007

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