domingo, 16 de maio de 2010

Virada cultural

São Paulo... São Paulo é um lixo mas eu não vivo sem ela.

Sou um grande fã desses eventos em que temos que nos locomover, em clima de procissão, enquanto nos embriagamos. É coisa de gente saudável.

O título do post foi extremamente mal escolhido porque eu muito me conheço e sei que não sou bom em fazer resenhas de eventos.

- Alô
- Credo! Que voz é essa? Como foi a virada?
- Bebi pra caralho!
- Que shows vocês viram?
- A Elza Soares é legal. E eu nem sou grande fã de samba.
- Conta mais...
- Encontrei uns amigos que não via há tempos.
- Ah...
- É...

E assim se passou minha noite de sábado. Metrô lotado às 6 da manhã. Dormi como uma pedra e acordei com pensamentos muito negativos. Confesso que não deveria me deixar abalar por mais uma ressaca moral dominical. Até mesmo porque o porre foi semi-intencional. A fórmula do insucesso é a velha combinação de fossa, álcool e amigos. Sabe aquela manhã em que você já começa mandando mensagens com pedidos de desculpa e até telefona pra saber se as pessoas ainda gostam de você?
Enfim... Desculpa aí, mundo...

E eu que não sou de fugir dos meus problemas (?), saio de casa atrás de uma breja...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Seja Indiferente ou Faça a Diferença

Tinha um cara que se achava diferente.
Era um cara comum, como eu e você, mas ele sabia que era diferente.
Ele não sabia no que, mas tinha certeza que era diferente em alguma coisa.

Não sei se era diferente de todo mundo, ou diferente da maioria.
Também não tenho certeza se tinha algúem igual ou parecido.

Se era bom ou ruim ser diferente?
Ele morreu sem saber.

Afinal, ele sabia que era diferente, mas insistia em fazer igual a todo mundo.

****


Tinha também outro cara que não sabia que era diferente.
Talvez soubesse, mas isso não fazia a menor diferença.
Todo mundo insistia que ele tinha algo de diferente.
Mas ele teimava em não admitir a diferença.

Diferente de todo mundo, eu realmente não achava ele diferente.
Mas não conheci ninguém que fez igual a ele.

Se ele era indiferente?
Ele morreu certo de que não era.

Afinal, ele fez a diferença, mas insistiu o tempo todo que qualquer um poderia fazer igual.

Léo Castro