domingo, 19 de agosto de 2007

E se eu lembrar que a vida é um processo material?

É bom ou ruim saber que a vida se formou?
Depois que a Terra se congelou a partir de um resto de explosão de supernova, há poucos bilhões de anos, não há espaço para a ação divina. Para mim soa como falta de conhecimento ou falta de vergonha aceitar a idéia de um projetista para o conjunto de reações químicas desnorteantemente complexo que produziu, há mais de 80 milhões de anos, o cérebro dos mamíferos e que expresso na forma humana depende de computadores de silício e ainda se apaixona.

Tenho dúvidas se a razão me permite aceitar a existência de uma entidade inexplicável, mas que tem a capacidade de criar e permitir que uma mísera unidade na Terra nos confins do Sistema Solar de uma curvinha da Via Láctea traia ao chamado Deus.

Se devo venerar a quem me permitiu existir e me manter, eu canto um hino em amor às bactérias, fungos e protozoários. De acordo com Sorin Sonea e Maurice Passinet em A New Bacteriology,1983: “Se as bactérias tivessem sido descobertas em Marte, sua descrição teria sido muito mais dramática e o caráter bizarro de sua história natural, que amiúde se assemelha à ficção científica, não teria passado despercebido”.

E sei que minha única esperança deveria começar por ser ter meus átomos de carbono (aqueles lá localizados nos aminoácidos das minhas proteínas PrPsen, que são abundantes nos corpos celulares dos meus neurônios localizados na porção da massa cinzenta do meu neopálio, ou também chamado cérebro superior ou racional dos novos mamíferos, o responsável tanto pelas nossas tarefas intelectuais como a consciência da própria existência- ahhh pra que será que ela serve?- enfins) os carbonos incorporados por alguma bactéria cabulosa metabolicamente super dotada como a proteobactéria Vibrio fischeri, que além de gentilmente ter nos concebido direito de vincularmos sua imagem ainda consegue brilhar no escuro. Essa sim deveria ser a primeira esperança de qualquer um que sofre da doença que é morrer um dia.

E quanto àquela regiãozinha do nosso encéfalo, neopálio, ela é uma das últimas aquisições evolutivas adquiridas e permitem ao homem tanta habilidade... inclusive a de mentir para si próprio... reencanação, espítitos... sei não.

3 comentários:

João Vítor disse...

Uuuuuooooouuuuuuuuuu..

=]

Mais um post sincero!
Viva a LIBERDADE :)

Cris disse...

casa comigo, frô?
bjo da tia crix

Claudio Castro disse...

E se eu lembrar que a vida é um processo espiritual?

E se eu me lembrar onde morei e os nomes dos meus familiares de uma vida anterior a atual? E se eu ainda pesquisar essas lembranças e achasse esse local e ainda alguns membros dessa família vivos para confirmar minhas lembranças?

Foi o que aconteceu nos EUA com Jenny Cockell - e de tão impressionante o caso - virou livro e filme "Minha vida em outra vida"...

Certamente não temos palavras nem capacidade para definir a energia criadora, mas fácil seria lembrar realmente que somos matéria química e biológica em vida material apenas. Mas e nossa inteligência, nossos sentimentos e emoções?

Certamente Algo existe além da matéria, além da "doença da morte". Virando de cabeça para baixo podemos até ser mais otimistas - por que não ter a morte como o início da vida (espiritual), e o nascimento como a prisão do espírito a uma matéria (morte espiritual)?

Assim acredito que sou matéria e também canto um hino em amor às bactérias, fungos e protozoários(...)mas também sou energia criadora inteligente(espírito) unido por fluidos ao corpo físico nesse momento.

Como provamos isso? Bem, com vontade e mente aberta para novas possibilidades, pode-se tomar ciência da vida, obra e casos do Chico Xavier - comprovados até mesmo por casos judiciais da existência de espíritos livres dos corpos físicos (desencarnados); Temos ainda nossas próprias intuições, sentidos e vivências; Ainda o próprio "Livro dos Espíritos" para ser lido e analisado;

Com tudo isso eu posso lembrar melhor agora, que a vida não é apenas um processo espiritual, nem apenas um processo material, mas a união dos dois.