terça-feira, 31 de julho de 2007
Salve eletrônico!
Para quem tiver interesse em conhecer um pouco da produção contemporânea de músicas psicodélicas eletrônicas dos artistas mais queridos pela galerinha que já se permitiu a essa cultura.
No Orkut, comunidade Psy Trance - PTD II:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=22199255
Em Fórum há uma lista gigante de músicas [EP], cds [CD], sets [SET] (seria uma espécie de show do artista, mas apenas mixando músicas, não produzindo-as ao vivo), e alguns dvds [DVD].
Dicas de cds lançados em 2007 (artista = projeto):
Perfect Stranger
Team 18
D-nox & Beckers
Poli
X-noize
Perplex
Por enquanto só... Dúvidas falem comigo: joaovitor.jvf@hotmail.com (msn)
MÚSICA ELETRÔNICA TAMBÉM É PRODUZIDA POR SERES HUMANOS!
Ótima Dica - GROSELHA FUZZ
02/08, quinta:
PELVS (RJ) + ALMA MATER
DJS: LARIÚ & SINEVAL
local: Penélope Bar (Conde Afonso Celso, 1500)
Convite: R$8,00
CONVITES LIMITADOS!
LOTAÇÃO: 250 PESSOAS
VENDAS: UniLAN
rua São José, 834
Enfim, Ribeirão Preto comporta um coletivo que abre espaço para a música alternativa independente. O Groselha Fuzz teve sua primeira edição em dezembro de 2004 e desde lá já ocorreu em 9 locais diferentes na região e contou com mais de 40 participações entre bandas e DJs convidados. Entre as bandas, algumas já consagradas no cenário independente nacional como o Rock Rockets, Zefirina Bomba e Moptop, também houveram participações da gringa como The Tamborines (Reino Unido), Joe Lally (EUA), e Corazones Muertos (Argentina). Além, é claro, do precioso espaço aberto para bandas da região como The Dead Rocks, Motormama, RDS, Soulstripper, MCquade, Eletrofan, Supertoten, dentre outras muitas.
O Groselha Fuzz também promove quatro bandas das quais seus idealizores também participam. São elas: Alma Mater, Pale Sunday, Cane´s Foot e Interstellar.
Bandas Groselha Fuzz
ALMA MATER http://www.myspace.com/almamaterband | Formada em |
PALE SUNDAY http://www.myspace.com/palesundayband | Formado em 2001 sob influências do indie/pop, Pale Sunday é a banda mais internacional da região. |
CANE´S FOOT http://www.myspace.com/cane39sfoot | Camisa flanela, botinas, guitarras e distorção! |
INTERSTELLAR http://www.myspace.com/interstellar9 | Psicodelismo dos anos 60, levadas punks tribais dos 70, pós–punk dos 80 e o post rock dos 00's. |
http://www.myspace.com/groselhafuzz
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=13466174215383385900
segunda-feira, 30 de julho de 2007
A Tréplica...
Bigão, você conseguiu uma coisa com tua crítica rasgada e completamente pessoal: deixar meus pais preocupados. Os velhos estão aqui morrendo de medo de você fazer algo contra mim. "Cuidado esse cara pode te reconhecer na rua e fazer algo contra você". Isso é bom, pelo menos isso prova que eles se preocupam comigo, além de também transparecer que eles conseguiram captar a grosseria e baixeza imprimidas em sua publicação. Coitados. Nem sequer sabem o que significa a liberdade de expressão, muito menos o significado do meu ato crítico. Infelizmente você também não sabe. Primeiramente por ter publicado uma crítica baixíssima e unilateral, atacando a mim pessoalmente de forma grotesca sem ao menos publicar o meu texto que foi o causador de tanta ira e fúria do jornalista a quem escrevo. Não me preocupo nem um pouco com as ofensas desferidas como uma metralhadora de adjetivos vazios, que puseram em cheque até mesmo minha maculinidade. Talvez isso nem seja da sua conta. Porém, acho que foi um dos poucos argumentos que deve ter encontrado pra me atingir. Uma pena, esperava uma discussão de igual para igual.
Seguindo o conselho de um grande amigo, não quero levar essa discussão a uma disputa de egos, portanto, tentarei me controlar para não atacá-lo pessoalmente. Peço também desculpas, afinal minha idéia inicial não era causar tanto alvoroço, somente expressar minha opinião quanto sua coluna, que mesmo após tal ato, ainda continua fraca.
Junto com o texto em que você me esculachou, por exemplo, você publicou duas notinhas curtas sobre o DVD de Kurt Cobain e sobre os Workshops que Andreas Kisser ministrará na Inglaterra e que o baterista do Sepultura Jean Dolabella fará em Belo Horizonte (Realmente notícias muitíssimo relevantes para o cenário musical sertanezino. Parabéns). Mas coincidentemente, encontrei as mesmas notas publicadas em um site da Internet (Olha que coincidência). Você pode conferir nesses endereços:
http://territorio.terra.com.br/canais/rockonline/noticias/ultimas.asp?noticiaID=13445
http://territorio.terra.com.br/canais/rockonline/noticias/ultimas.asp?noticiaID=13441
Viu só!?. O engraçado é que você não fez nenhuma referência em sua coluna sobre a autoria das notas, muito menos colocou os links. Você publicou essas notas como se fossem suas. Prova do que citei na primeira crítica, a cópia de textos prontos da Internet (quem diria, a Internet). Que coisa feia hein, Bigãozinho. E pra completar ainda publicou a letra de uma música do eterno Cazuza, "O Tempo não Pára" de 1988, quase 20 anos atrás (o que não me estranha vindo de você), fazendo ligações com a mensagem da música e sua pessoa. Realmente um conteúdo jornalístico interessantíssimo.
Quero reafirmar o que havia dito na primeira crítica: utilize seu espaço em um bom jornal para falar sobre coisas realmente relevantes e que simbolizem a realidade do cenário musical.
Quanto às ofensas pessoais, não responderei nenhuma. Os leitores do blog, já deram alguns sinais da repercussão de tão baixa resposta à minha crítica. Além do que, não conseguiram me atingir. Quanto aos meus "textículos" obrigado por lê-los. Também leio os seus... e também não gosto.
Ah.. em relação ao significado de onanismo, eu realmente não sabia o que era. Como você adivinhou? Mas graças a grande rede de computadores, não foi nada difícil descobrir. Só digitei no Google e a resposta veio instantaneamente. Legal, né? Se quiser conhecer é só entrar lá, tem a resposta para quase todas as perguntas. Quase todas. O endereço é www.google.com.br. E o significado, em bom português é "punheta" ou masturbação. Só poderia ser, vindo de tão leve, alva, voejante e pomposa habilidade de manusear a pena de escreverque só você tem.
Legal o que você disse sobre o rock brasileiro e os meus gostos musicais na infância, os Mamonas, o Bro´z (Rock?!). Eu realmente adorava Mamonas, como a todas as crianças que nos idos de 1995 tinham apenas 11 anos de idade. Isso mostra o quanto sua cabeça está estagnada nas décadas passadas.
E quanto as porcarias que você disse foram criadas, recomendo duas ferramentas que a toda poderosa Internet, como você mesmo diz, nos oferece para conhecer músicas boas e por incrível que pareça atuais. Uma delas é o MySpace (www.myspace.com) e a outra o Last.fm (www.lastfm.com). Você descobrirá facilmente para que servem, é só entrar nos sites. Garanto irá encontrar muitas bandas novas, inclusive com influências fortíssimas dos ídolos velhotes dos anos 80. Que aliás também são meus ídolos.
Deixe-me também esclarecer a história do Fidel. Não se faça de desentendido, amigo. Você entendeu muito bem o que eu quis dizer no meu texto. Você também adora falar sobre a sua habilidade com a escrita e com sua língua nativa (aliás, também sempre achei que você escreve muito bem, o conteúdo é que não me agrada). Usei a figura do velho ditador simplesmente como uma analogia (sabe o que é? procura no Google). Não defendo os mesmo ideais dele e muito menos quero ser um Fidel. E se você entende tanto de luta e tem barba suficiente na cara para poder me rebaixar a tanto poderia ao menos ter a consciência de que a xenofobia é um vírus que avassala populações, vide a hostilidade com que os mexicanos são tratados nos Estados Unidos. Sendo assim, se você odeia tanto assim os europeus, junte-se a algum movimento e expresse suas idéias. Não será aqui em Sertãozinho que conseguirá avanços em seus ideais libertários pró-Fidel. Essa é sua luta?
Mais uma vez estamos recorrentemente falando de assuntos que permearam décadas passadas. Isso é "você", Bigão. E digo isso como leitor, pois sua figura como jornalista é pública e cabível de críticas, e estou no meu direito de criticá-lo mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, já que o que você escreve transparece a sua personalidade e seus traços pessoais. A propria ética jornalistica me dá esse direito. Você também utilizou de seu direito de resposta. Pena que usou esse direito de forma extremamente baixa e sem nem sequer publicar a minha crítica.
Muito bons também os trocadilhos. Apesar de infâmes, mostraram seu humor solitário e homofóbico. Enfim, seu texto me fez abrir um sorriso de orelha a orelha. Foi realmente hilário. Infelizmente esperava uma resposta melhor, mas me diverti bastante.
Que tal, dessa vez, fazer as coisas direitinho? Que tal publicar a minha crítica, a sua réplica e também a minha tréplica? Fique a vontade para publicar meu texto, mas coloque meu nome, por favor (costuma-se colocar os nomes dos autores nas notas também). Se não quiser também não o faça, por favor, fique a vontade. Minha intenção não é conseguir o que você chamou de "alguns minutos de fama", até mesmo porque não é esse tipo de visibilade que eu quero. Conseguirei me sobressair com meu próprio trabalho ao longo da minha vida. Enquanto minha barba estiver crescendo, o reconhecimento surgirá, espero que não seja de maneira apelativa, semelhante à que você se valeu para me esculachar.
E por favor, se me encontrar na rua, não me ataque. Meus pais estão aflitos aqui em casa.
PS: comente aqui no blog também, meu amigo. A Internet nos dá essa possibilidade, enquanto no Jornal, seremos para sempre escravos da opinião dos jornalista. A menos que tentemos expressar nossa opinião através de críticas. Mas, ainda assim os mesmos jornalistas tem nas mãos a ferramenta para responder a altura, ou até mesmo de forma baixa e unilateral caso queira.
Meu e-mail pessoal, é leocastroreis@yahoo.com.br. Adorarei conversar contigo civilizadamente e acabar com essa discussão que parece não ter fim. Pelo bem da música e não de nosso egos.
Poema para Vestibulandos
Eu, filho da crítica e do elogio tenho altos e baixos o tempo todo;
Eu, filho da dúvida e da certeza tenho medo e busco forças o tempo todo;
Eu, filho do lápis e da borracha traço e retraço minha vida o tempo todo;
Eu, filho do orgulho e da decepção sou feito de riso e choro o tempo todo;
Eu, filho da dor e do amor aprendo e desaprendo o tempo todo;
Eu, filho do sonho e da realidade acordo e sonho o tempo todo;
Eu, filho de antônimos sou paradoxal como meus pais o tempo todo;
Eu, filho de antíteses descubro que sou elas o tempo todo;
Eu, agora filho de um descobrimento, tenho uma certeza: Sou filho de mim mesmo;
Eu, filho de mim mesmo...
Bernardo Magalhães – 12/07/2007
Enfim, a resposta...
Resposta do Bigão Rocker a minha crítica. Publicada no Jornal MOMENTO ATUAL, edição 1150 de 28 de julho de 2007.
Prelúdio
(ato preliminar de introdução no engenheiro de produção de fezes, ou produção independente de embalagens para diarréia mental)
I – Introdução ao Léo “Aqui-lá”
Interessante como uma pessoa pode se confundir e se contradizer quando, ainda sendo um rapazote impúlbere, entra em uma univerdidade e começa a achar-se homenzinho e conhecedor profundo de assuntos que, até outro dia, quando ainda brincava de bonecos ou, sei lá, bonecas (!?) não fazia a menor idéia de que existissem. Rock pra ele era o dos Mamonas Assassinas e depois o Bro´z(ta), e por incrível que pareça ainda tenho que reconhecer que, visto hoje, comparando as porcarias que foram criadas, os Mamonas são muito bons, claro que pela inteligência das piadas e do humor inenarrável do grupo. Aí aparece um garotinho querendo aparecer, e obviamente mais uma vítima da internetização que faz qualquer um acreditar que na frente de um computador e escondido em seu quarto, pode se tornar em, em sua fantasia hipnótica, um conhecedor de música e da escrita para criticar e questionar numa página da Internet alguém que já conhecia e já respirava música muito antes de existir a tal rede mundial de computadores. Meu filho, você ainda tem que aprender a fazer a barba, isto se você já tiver alguma penugem no seu rosto pueril, típico dos garotos bobos e metidos que querem ser espertos sem nem ainda saber direito o que é onanismo. Ah, antes que me esqueça, como você pode citar em seu site que, analogamente se sente um Fidel Castro quando escreve, e ao mesmo tempo fala que o Bigão Rocker tem que se preocupar com fenômeno da banda Cansei de Ser Sexy, lá na Europa e festival na Dinamarca, se você gosta de arreganhar, isto é ceder, para europeu abrindo a retaguarda, saiba que, meu front está muito bem guardado, isto é, se você não sabe o que é luta não cite Fidel e muito melhor, me deixe fora dessa, falou!
Bigão Rocker
Abaixo da Letra de O Tempo não Pára do Cazuza, ele escreveu a seguinte frase:
"Preste bem atenção, Léozinho, ao que é o Bigão Rocker, dia sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão da caridade careta dessa sociedade faustosa e ignorante que me detesta. Eu vejo o futuro da sua grande Internet repetir o passado, vejo um museu de grandes e sagradas novidades. Eu sou um andróide sem par..."
terça-feira, 24 de julho de 2007
Universo Paralelo
É domingo, oito horas da manha e o despertador desesperadamente anuncia a hora do despertar. Os olhos abrem, pela insistência. A cabeça só se da conta que aquele dia não é mais um dia comum, após alguns instantes.
Domingo, dia 22 de julho de 2007, pra uns mais um dia qualquer, pra outros, é dia de sair da rotina, e entrar em outra vibe.
O relógio já marca meio dia, a boca exala o gosto do café, e um cigarro aceso no caminho, queima a brasa do dia que esta começando.
O local é arborizado, logo o cheiro de ar puro e fresco já nos enfeitiça com o clima do lugar, umas batidas vem ao ouvido bem ao fundo. Está na hora.
Logo ao entrar pelas catracas, o portal para o outro mundo instantâneo, um homem faz a revista com vista grossa, talvez pelo fato de não querer estragar a felicidade alheia.
As pessoas são diferentes daquelas do dia a dia, algumas são desprendidas de aparência, outras querem mostrar o porte físico, outras que querem se igualar ao “estereótipo do momento” entre aquelas que já não mais conseguem falar. Falar pra que? Depois da passagem, não tem perna que fica parada, nem cabeça sem movimento nem braços que se cruzam. O movimento é ritmado pela batida, as vezes até uniforme que ao tentar diferenciar uma da outra nos confunde. Mas o constante movimento nunca para.
Olhando ao meu redor, percebo que nem todos que desejava estavam presentes, mas os poucos que sobraram, ali são a nossa família, e o local pretendido é o nosso lar. Como se ali tivéssemos cravado uma bandeira.
Entre uma bebida e outra, uma água que refresca, adornos e aditivos pra passar o tempo são visto e consumidos a toda hora, como se fosse um combustível que abastece mais de 8 mil máquinas, trabalhando 12 horas por dia.
Já não se pensa mais em fome, nem cansaço, com o sol já deixando o local, as sombras frescas das árvores trazem no meio de toda essa loucura uma beleza lúcida, afável e no mesmo ritmo de sempre.
Os Djs, como se fossem os maestros que comandam o local, com descargas sonoras e visuais, entre um e outro são aplaudidos pelo público sem a pausa esperada.
Já é noite, as pernas já não funcionam tão aceleradas como de início, mas um maestro de origem diversa sobe no patamar mais alto do local, e faz o público todo correr para mais perto. Pra ser sincero, eu não sei a diferença entre esse e os outros, mas o volume era mais alto, as pessoas mais agitadas, um círculo enorme em chamas, malabares enfurecidos e luminosos pulam ao lado do dragão chinês que percorre o local. São artifícios visuais do outro mundo, que mesmo no final do meu ânimo, consiguiu despertar mais 1 hora e meia de...como se fala...FRITAÇÃO!
Pronto! Puta que pariu, que loucura inexplicável...
Ao deixar o lugar, me sinto como o mesmo de quando o relógio despertou, como se estivesse saído de outro universo, que só se perfazia em datas marcadas, e acessíveis apenas para poucos. Esse universo, pra mim é um Universo Paralelo, onde eu não convivo com ele, mas sim, estou só de passagem.
sábado, 21 de julho de 2007
Poltrona 33
quinta-feira, 19 de julho de 2007
E se essas vítimas, tanto os mortos como seus familiares, não forem vítimas? E se o peru não morre na véspera!? Se nada acontece por acaso!? Se existe algo infinitamente superior a nós!? Se nossa existência não se resume a 100 anos na Terra!? Se a Terra não passa de um micro ponto no espaço!? Se o universo é incalculavelmente incalculável!? Se estamos presos a corpos pesados que nos impedem de voar!? Se a cadeia Terra serve apenas para progredirmos!? Se nosso principal objetivo aqui não é consertar o outro, mas sim a nós mesmos!? Seria um cara muito falso se falasse que me choco com a morte. Pode ser que quando minha mãe morra eu fique muito descontrolado. Mas o meu objetivo é acreditar que a morte e o sofrimento, assim como nascimento e felicidade, são necessários para nós que vivemos nesse planeta louco, e essa nossa vidinha aqui de 100 anos é uma musiquinha pra nossa eterna existência em progressão. Ninguém caminha pra trás, ou pára ou vai pra frente! Sou um idiota, imbecíl, burro, preguiçoso, viciado, entre outros..Sou sim, e isso não me dá nenhum direito de fuder com ninguém! E se alguém se incomoda com isso que disse, foda-se! Mas se precisarem de mim, estou aqui pra fazer o máximo que o meu orgulho e a minha vontade permitirem para eu ajudar. Não há salvação sem caridade! AMO A VIDA E RESPEITO A MORTE, AMO A FELICIDADE E RESPEITO A TRISTEZA! Se o planeta explodir, fiquem tranquilo, haverão outros...O que não pode morrer é o bem, o perdão, o carinho e a loucura! É nóis FDP!!!
quarta-feira, 18 de julho de 2007
Não quero ter o atrevimento de tentar descrever a dor dos familiares das vítimas da tragédia do vôo 3054. A dor da perda traz em si a sensação de nunca mais poder estar junto do ente querido. O sentimento de impotência diante da morte nos deixa confusos dentro de nossos próprias impressões. A falta traz um vazio que ecoa ininterruptamente a cada lembrança. As memórias são o que restam de alguém que um dia esteve ao lado.
Tentem se colocar por alguns minutos no lugar dos familiares das vítimas... fez isso?
Agora, tente se colocar por um segundo no lugar das vítimas? - um segundo porque talvez esse tenha sido o intervalo de tempo que eles puderam pensar nas pessoas que amam, já sabendo que a morte estava por chegar. Conseguiu se imaginar no lugar deles? Pois então, infelizmente é essa a imagem que deve estar passando repetidamente na cabeça de cada pessoa que perdeu alguém nessa tragédia sem precedentes. Como em um pesadelo ruim que não se acaba simplesmente abrindo olhos.
Essas pessoas, nesse momento, talvez o que elas mais queiram, muito mais do que justiça e punição aos culpados seria ter um último momento junto com seus pais, mães, irmãos, amigos, maridos, esposas... Poder ter a última oportunidade de dizer aquilo que tavez não tenham dito antes. Um último "eu te amo", uma última prova de amor, um último gesto de carinho, uma última manifestação de amizade, um último adeus.
Através desse pequeno texto, quero manifestar todo meu pesar pelas vidas que foram perdidas nessa tragédia. Que os sonhos dessa pessoas que se foram não sejam em vão e que possam se manifestar por completo pelo menos na memória de seus familiares.
Sensacionalimos midiáticos e jogos de interesses políticos virão em virtude dessa tragédia. Apresentadores de tv com certeza não terão nenhum pudor em explorar ao máximo essas mortes para, "aos gritos", conseguirem pontos de audiência. Muito menos adversários políticos pouparão a memória das vítimas procurando respeitar o momento de dificuldade, e as acusações partirão de todos os lados. Repito, o momento é de solidariedade para com os familiares das vítimas. Espero que haja pelo menos o mínimo de respeito.
terça-feira, 17 de julho de 2007
Apenas mais um texto da madrugada...
Já naquela época eu percebi que tinha jeito pra coisa. Certa vez, no primeiro ano, o professor Toninho - um louco que dava aula de redação, dono da escola inclusive - passou para a sala um conto de Dalton Trevisan que se tratava de uma carta que uma mulher escrevia para o ex-marido falando da falta que o homem fazia em casa, dos cantos da casa que pareciam diferentes sem a presença dele. Curioso era que a carta era escrita de uma forma que não deixava transparecer um desespero para que o marido voltasse, muito menos que ela estava arrependida da separação, talvez nem fosse uma carta, parecia mais um relato de como a vida da mulher mudara o sentido depois que o marido partiu. Enfim, o professor pediu que a sala escrevesse uma resposta àquela carta, sob a ótica do marido. Eu escrevi a resposta também da mesma maneira, ressaltando pequenos detalhes do dia-a-dia nos quais o casal se completa, mesmo nas pequenas coisas, como a mulher que passa a camisa amarrotada do marido ou o marido que troca o botijão de gás da casa. Modestia a parte, ficou muito bom.
Lembro-me que escrevi o texto às pressas, no último dia do prazo - qualquer semelhança com o cumprimento de prazos da faculdade não é mera coincidência. Inclusive escrevi o texto no computador, não sei porque motivo, talvez achei que fosse mais rápido. Enfim, no outro dia, ao entregar o texto e depois de o professor ter lido, ele chegou com o texto impresso, parou a minha frente e disse: "Tem certeza que foi você quem escreveu isso?" Eu, sabendo que ele não ia muito com a minha cara e ainda pesava o fato de o texto ter sido entregue impresso, e não escrito à mão, me lembro que disse algo do tipo: "Foi sim, acredite se quiser". E não é que o cara nem titubeou. Me deu os parabéns e disse que o texto estava espetacular, disse até que tentaria publicá-lo no Jornal Momento (esse mesmo em que o Bigão "Rooooocker" escreve). Aquilo pra mim foi como se o Super-Homem tivesse dado aquele puta sopro dele pra inflar meu ego. Me senti nas nuvens.
Depois disso, mostrei o texto pra minha mãe, que mostrou pra minha vó, que mostrou pro meu vô, que mostrou pra minha tia... chegou até a um cunhado do meu vô que mora em Santos, se não estou enganado... aquilo pra mim era o mais longe que eu podia chegar.
Mas graças à "bolha" - alguns poucos vão entender o que isso significa, mas entenda como quiser - surgiu a Internet. E hoje, o que eu escrevo pode chegar a qualquer lugar do mundo (Lari, tá lendo isso daí de Boston né?).
Bendito dia em que, sentados na mesa de um bar - onde nascem as melhores idéias - nasceu a Feira Livre de Pensamentos. Ainda sem nome naquele dia. Foi depois disso que voltei a escrever e lembrei que eu realmente levo jeito pra coisa. O tempo passa voando quando estou escrevendo. O prazer de poder me expressar se torna completo quando escrevo. Analogamente, quando estou escrevendo, me sinto um Fidel Castro, a discursar por horas e horas. A diferença é que o velho comunista faz isso magistralmente com a fala. Já eu, tenho mais medo de falar do que político tem de grampo telefônico. Talento a ser desenvolvido.
Por fim, essas últimas semanas, desde o primeiro post, têm sido para mim quase como uma auto-análise. A cada texto que termino de escrever é como se eu tivesse descarregado uma bateria de "energias positivas" e a cada vez que recebo um elogio pelo que escrevo, ou pelo menos quando sei que alguém teve a paciência de ler, é como se eu sentisse que essas energias foram realmente absorvidas pelas pessoas. É uma sensação muito boa. Me sinto mais completo quando isso acontece. Por isso peço encarecidamente aos Pensantes e aos leitores do blog que continuem acessando e lendo os textos, mas principalmente que também descarreguem suas energias aqui. A sensação é indescritível. Precisamos de vocês.
domingo, 15 de julho de 2007
Cutucando a onça com vara curta
A/C do editor-chefe de do Bigão Rocker.
Meu nome é Leonardo Castro, sou estudante de Engenharia de Produção na Universidade Federal de São Carlos. No entanto, estou me especializando em gestão musical. Realizo uma pesquisa acadêmica relacionada ao mercado independente de música e às tecnologias de produção. Sou um leitor assíduo de publicações relacionadas a música. Além disso, edito em minhas horas vagas junto com parceiros de São Carlos o blog Feira Livre de Pensamentos.
Fiz essa pequena introdução para deixar claro meu envolvimento com o assunto que pretendo tratar.
Sou nascido em Sertãozinho e meus pais são assinantes do Momento Atual, portanto, leio o jornal há muitos anos. Aprovo o layout do jornal, inclusive acho que os assuntos referentes a nossa cidade são muito bem adordados, principalmente em relação a aspectos econômicos e políticos. No entanto, e aí vai a minha crítica, o mísero espaço que vocês dedicam à cultura está muitíssimo mal representado pela péssima coluna do falso moralista Bigão "Rocker".
Claro, o que esperar de um jornalista musical frustrado que se auto-intitula um dos últimos "Rockers", e ainda acha que tem a obrigação de sair criticando todo mundo somente por estar sob a alcunha de "representante do rock"?
Essa coluna se trata de um desrespeito à música como manifestação cultural, pois sob o pretexto de escrever sobre Rock and Roll, o jornalista acaba escrevendo artigos muito vagos que nada tem a ver com música. Quando não, somente copia matérias e entrevistas de outros jornalistas, geralmente sobre bandas arcaicas de rock que nem existem mais. Música não é somente rock and roll. Mesmo que a idéia da coluna seja escrever sobre rock, o estilo tem muito mais a contribuir do que somente as bandas ultrapassadas dos anos 80. Acorda Bigão!!!!! Estamos na era da Internet e a música já não mais a mesma que você ouvia na sua adolescência.
Ferramentas de produção estão cada vez mais acessíveis e a divulgação e distribuição é cada vez mais ampla. Em plena era do Web 2.0, da produção colaborativa, do "boom" da música independente, do fim do CD, da era do MP3, você ainda escreve sobre Led Zepellin, Van Halen, Inocentes e Plebe Rude. Tenha dó, meu querido. O conteúdo musical cresce vertiginosamente, e o rock and roll é o estilo que mais é produzido, justamente porque os ouvintes de rock tem mais acesso a esse tipo de inforção e tecnologia. E você ainda está preso aos anos 80.
Fora isso, você está completamente por fora do que acontece no cenário musical atual. É inconcebível uma coluna de música (rock n´roll que seja) não falar nas duas últimas semanas do Live Earth, ou então do festival Roskilde (que rolou na Dinamarca), ou do fenômeno da massificação dos nichos (Cauda Longa), da ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes), do FAM - Festival de Música da Alta Mogiana (que rolou mês passado em Ribeirão Preto), ou do Cansei de Ser Sexy (fenômeno do rock brasileiro que faz um sucesso enorme na Europa), do Teatro Mágico (banda que faz o melhor show ao vivo do Brasil e conseguiu milhares de seguidores somente com divulgação independente, vendendo CDs em shows e permitindo o download de todas as musicas no site)... dentre outros milhares assuntos que você deveria abordar em uma coluna que supostamente era pra falar de música. Poderia escrever mil páginas somente de recomendações.
Na minha opinião, sua coluna se limita a publicar textos roubados sobre Hard Rock dos anos 80 e artigos com conteúdo social escritas como extrema demagogia sobre o ponto de vista de um rebelde sem causa, apenas um monte de críticas revoltadas e vagas sobre determinado assunto que você nem sequer domina. Um monte de besteiras vomitadas no melhor estilo "non-sense". Recomendo que você leia um pouco mais e se atualize, e resolva escrever sobre MÚSICA. Pelo bem do povo sertanezino, que é tão carente de cultura. Ou então, pelo menos tente articular a cena local. Nunca vi você escrevendo nada sobre bandas da cidade, somente vi uma vez, ha muito tempo, você metendo o pau na vocalista da antiga banda NIB (infelizmente não me recordo o nome dela, a filha do Décim). Enfim, sua coluna é um desperdício de páginas em um bom jornal, e um desserviço à música.
Quero propor um desafio a você, Bigão. Publique essa minha carta na tua coluna, mas com uma resposta a altura. Mostre aos seus leitores que você tem capacidade de argumentar e fazer uma coluna melhor. Topa?
Engenharia de Produção - UFSCAR
sexta-feira, 13 de julho de 2007
"We need more oil"
Se nos fosse possível uma solução assim ao problema climático, dado o caos atual, seria formidável. Dentro das opções possíveis, essa seria a menos dolorosa e mais fantasiosa, com certeza. A grande questão é: E daí em diante? Passaríamos a nos preocupar com as pequenas coisas ou continuaríamos a buscar nosso maço de cigarro no bar da esquina de carro? Ou ainda, e mais importante, qual seria a postura dos futuros governantes do planeta Terra?
Acredito na possível revisão, pela maioria da população mundial, das nossas relações com o meio ambiente. Entretanto, a se julgar por agora, o sistema movido pelo capital definitivamente não é a melhor resposta à segunda questão. Há quem diga que possa existir um capitalismo sustentável, mas não acredito nessa possibilidade. Como isso seria? Os milhões de supérfluos criados por esse regime viriam com sistema GPS integrado para que, assim que perdessem suas funções, os guiassem ao centro de reciclagem mais próximo? Creio que não e, se possível, não seria a solução. Não há como se falar em sustentabilidade sem atingir a todos. O capitalismo tem, por natureza, um caráter excludente, com os interesses voltados à pequena parte da população. Se você está lendo isso agora, sinta-se honrado por estar dentro da pequena parcela da povo com acesso a internet e, consequentemente, a informação.
Não tenho pretensão de elaborar um novo sistema produtivo, muito menos fazer propaganda do sistema socialista que teve, na corrupta União Soviética, um fim melancólico e ainda resiste, por enquanto, em Cuba, na figura do corajoso Fidel. Entretanto, devemos começar hoje a pensar como será o nosso novo "american way of life". O que temos que acatar e o que precisamos, e estamos dispostos, a deixar de lado para que a próxima geração (assim, no singular) tenha possibilidade de conhecer o condenado mundo em que seus pais viveram. Não se trata de voltar ao neolítico para conseguir reatar as relações de harmonia com a natureza, mas sim usar a tecnologia existente para que, de algum modo, consigamos a tal sonhada sustentabilidade. Esse "algum modo" é o nosso futuro e dele dependemos.
Uma coisa é certa: não se pode esperar que as ações governamentais dos países ricos façam o trabalho. Pode estar certo que, se pudessem, dariam para nós bicicletas necessárias para que eles continuassem a ir ao trabalho de carro. Clichê ou não, faça você a sua parte. Tire um tempo pra refletir sobre o seu papel nisso tudo e, também, eduque seus filhos de maneira sustentável. Eles são a semente de uma possível mudança nas diretrizes mundiais. Lembre-se que quando deixamos para o "outro" as nossas preocupações, esse outro pode ser um tal de "George W. Bush, a Besta", bem aos moldes romanos.